Mariana Rocha –
Verear: O verbo “verear” significa exercer o cargo e as funções de vereador, ou seja, fiscalizar a atuação e as contas do poder executivo, criar leis em âmbito municipal e encampar as lutas da população por seus direitos. Eleger-se vereador(a) não é fácil e ficou ainda mais difícil a partir das últimas mudanças na legislação eleitoral. No entanto, um fator que pode decidir o resultado é o recurso financeiro. A pouco mais de um ano das próximas eleições municipais, fica aqui uma sugestão para que você reflita: o que o seu último candidato(a) a vereador(a) tem feito pela sua cidade? É necessário avaliar os resultados de quem você deposita sua confiança. Em Dourados, por exemplo, dos 19 vereadores que ocupam as cadeiras da Câmara Municipal, alguns passaram os últimos anos balizando sua atuação de forma medíocre, ancorados, tão somente, em pedidos de tapa buracos e roçadas. Há muito mais para um(a) vereador(a) fazer.
Gordinho contra mulheres: O deputado federal douradense, Rodolfo Nogueira (PL) foi o único parlamentar de Mato Grosso do Sul a votar contra o projeto de lei que prevê IGUALDADE SALARIAL para homens e mulheres e obrigações de transparência às empresas com mais de 100 empregados. Ainda surfando na onda da polarização, o “gordinho do ex-presidente” como ele mesmo se autodeclara nem ficou envergonhado por simplesmente se declarar “contra a luta das mulheres”. No entanto, a Câmara dos Deputados aprovou o PL da Igualdade salarial para homens e mulheres com 325 votos a favor e 36 contrários. A busca por igualdade salarial entre mulheres e homens não é luta “de esquerda” nem “de direita” é uma busca por avanço para a sociedade BRASILEIRA. O PL define ainda que casos de discriminação por motivos de sexo, etnia, raça, idade ou origem resultarão em uma multa administrativa que pode chegar a dez vezes o valor do novo salário devido ao trabalhador que tiver sido vítima. Nem mesmo o deputado mais bem votado do MS, Marcos Pollon (PL-MS), encampou voto contra as mulheres. Rodolfo Nogueira parece querer polarizar sua atuação mais do que mostrar serviço, um caminho que tem tudo para ser decadente.
Papel da Imprensa: O papel da imprensa é publicar mensagens que, comprometidas com a verdade, apresentem soluções críticas e criativas para uma sociedade, no entanto, as “verbas de mídia” muitas vezes funcionam como uma espécie de “cala-boca”e quem mais sofre as consequências é a própria sociedade. O fato é que as informações fornecidas por jornalistas ajudam os cidadãos a tomar decisões e exigir direitos, desde financiamento para projetos artísticos à segurança de alimentos e medicamentos fornecidos. A Folha de Dourados tem ajudado a sociedade douradense a demandar suas necessidades e felizmente, estamos ocupando um espaço de “VOZ ATIVA” para o cidadão de Dourados e de Mato Grosso do Sul.
Quem quer ser prefeito de Dourados? As especulações estão aumentando e a cada dia que passa a cadeira de prefeito da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul fica mais disputada. O deputado Zé Teixeira (PSDB) já disse que quer colocar seu nome à disposição; no mesmo partido, a deputada Lia Nogueira (PSDB) tem afunilado sua atividade parlamentar focando no município onde, até ano passado, ela ocupava o cargo de vereadora. Ainda no plantel dos tucanos o deputado Geraldo Resende (PSDB) recentemente “ornamentou” a cidade com outdoors que estampam seu rosto e a pauta do “curso de medicina na UEMS Dourados”. O radialista Marçal Filho (PP), do mesmo partido que o atual prefeito Alan Guedes(PP), está percorrendo as ruas e usando sua voz na rádio para criticar Alan Guedes, mas assim como em todos os outros anos, muitos duvidam que ele cumprirá sua palavra, saindo candidato a prefeito. Nessa onda de
“Quem quer ser Prefeito de Dourados?” Há quem tenha perdido o tom, lançando nomes que a despeito da trajetória, não tem robustez política alguma para enfrentar uma eleição em 2024. Aguardaremos as pesquisas e ficaremos atentos aos fuxicos da cidade.