O Brasil registrou a primeira morte em decorrência da varíola dos macacos. O óbito é de um homem com baixa imunidade que morava em Uberlândia (MG). Ele morreu na quinta-feira e o Ministério da Saúde confirmou nesta sexta (29/7) o caso.
De acordo com o Portal G1, até quarta-feira (27), o Brasil possuía 978 casos confirmados da doença em 15 estados e no Distrito Federal. Mato Grosso do Sul aparece com uma contaminação, enquanto o recordista é São Paulo, com 744.
No sábado passado (23/7), a varíola dos macacos foi declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como "emergência de saúde global".
A decisão pode levar a um maior investimento no tratamento da doença e avançar na luta por vacinas, que estão em falta. Na prática, o estado de emergência obriga agências sanitárias pelo mundo a aumentar medidas preventivas.
Atualmente, só há outras duas emergências de saúde deste tipo: a pandemia do coronavírus e o esforço contínuo para erradicar a poliomielite.
Mais de 18 mil casos e 5 mortes pela doença já foram relatados à organização, em 78 países. Mais de de 70% das infecções vêm da Europa e 25%, das Américas.
COE
O Ministério da Saúde vai instaurar um COE (Centro de Operação em Emergências) para acompanhar a situação epidemiológica e elaborar um plano de vacinação contra a varíola dos macacos, conhecida como monkeypox. O COE será inaugurado nesta sexta (29).
O anúncio foi feito ontem (28) pelo secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, durante a 7ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília/DF.
Segundo o secretário, a vacina a ser adquirida possivelmente será de vírus não replicante. A previsão é que 50 mil doses sejam destinadas ao Brasil, de acordo com a solicitação feita à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).