Uma das maiores lideranças do PT em Mato Grosso do Sul, Zeca foi citado pelo pré-candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, como um dos dez políticos a serem considerados prioridade nas eleições estaduais para cabeça de chapa em 2022.
Em entrevista ao Jornal Midiamax, o petista confirma estar ‘à disposição’ do partido. Ele ainda reclamou do que classificou como ‘soberba’ do prefeito Marquinhos Trad (PSD), também pré-candidato, ao comentar sobre possíveis federações partidárias.
“Estou a serviço da causa, isso eu já falei. E o que eu disse sobre as federações é que o PSD seria muito bem vindo. Mas eu acho muito equivocada a posição do Marquinhos Trad. Acho que ele está de salto alto, com soberba, sem nenhuma humildade e, portanto, do meu ponto de vista, nos afasta cada vez mais. Eu não teria nenhuma motivação neste momento para defender uma aliança com Marquinhos Trad”, disparou.
Na entrevista, Zeca explicou que está a serviço do partido. Ou seja, caso o partido entendesse que o melhor seria uma federação partidária, teria que avaliar as possibilidades e o que fosse melhor para o PT em Mato Grosso do Sul, de acordo com o que for decidido pela nacional. Questionado se mudou o posicionamento após ser citado nominalmente por Lula, Zeca foi enfático.
“Não mudou. Falei que eu conversei com Lula que não tenho vaidade. E que, portanto, eu entendo que quanto mais a gente reforçar os palanques nos estados, melhor”, esclareceu.
No entanto, o ex-governador diz que seria preciso uma retratação do pré-candidato ao governo pelo PSD caso acontecesse, de fato, uma federação em Mato Grosso do Sul em que fosse preciso trabalhar uma candidatura entre o partido e o PT. “Pode até acontecer a aliança, mas eu não peço voto para o Marquinhos Trad, do jeito que está não. A não ser que ele faça uma retratação pública, ele está me confundindo com os velhos parceiros dele”, finalizou.
Na semana passada, Marquinhos confirmou Ricardo Ayache (PSB) como possível candidato a vice-governador em sua chapa. “Já está consolidado”, disse na sexta-feira (11). A única pendência, no entanto, é a possibilidade de federação que o PSB nacional cogita com o PT.
“Ele disse que só não se consolidaria caso viesse um pacto federativo do partido dele impondo uma união com outra sigla diferente da nossa, caso contrário, já poderia anunciar que será eu e ele”.
Nacionalmente, PT e PSB têm feito reuniões para destravar as negociações que esbarrariam, principalmente, na divergência sobre quem será o cabeça da chapa no Governo de São Paulo.
Como pré-candidato a presidente, os petistas têm Lula e o PSB indicaria um candidato a vice — este partido está dividido quanto à formalização da federação. Neste caso, eventual aliança que possa ser formada em âmbito nacional valerá para as executivas de todos os estados brasileiros, portanto, cancelaria possibilidade entre PSB e PSD de MS.