O ataque cibernético que derrubou os sistemas do Ministério da Saúde completa um mês nesta segunda-feira (10) e o acesso à informação ainda é restrito.
O principal sistema ainda não voltou a funcionar. É a chamada Rede Nacional de Dados em Saúde, conhecida por ser a “plataforma-mãe”, que reúne todas as informações registradas por estados e municípios, na ponta do Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar disso, o governo informou que o acesso à algumas plataformas foi normalizado. São essas o e-SUS Notifica; o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e o ConecteSUS.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que a integração entre os sistemas locais e a rede nacional de dados foi restabelecida na última sexta-feira (7).
"Desde então, as informações inseridas pelos estados e municípios nos sistemas estão retornando gradualmente às plataformas nacionais, possibilitando que os dados de saúde possam ser acessados por todos os usuários", destacou.
O governo afirmou ainda que "a instabilidade nos sistemas da pasta não interferiu na vigilância genômica de síndromes agudas respiratórias, incluindo a Covid-19 e que "continua realizando o monitoramento da situação epidemiológica no Brasil para tomadas de decisões frente ao atual cenário."
Ataque
Os sistemas do Ministério da Saúde foram invadidos por hackers na madrugada do dia 10 de dezembro, três dias depois de o governo ter atendido a recomendação da Anvisa de impor cinco dias para não vacinados entrarem no país. Com o aplicativo em pane, a quarentena foi adiada.
Na ocasião, os dados de vacinação contra a Covid-19 sumiram e funcionalidades como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital ficaram indisponíveis.
No dia 23 de dezembro, a pasta anunciou que o ConecteSUS tinha voltado a funcionar, mas esse retorno foi marcado por diversas instabilidades.