O dólar fechou em queda de 0,47%, cotado a R$ 5,6786, nesta quinta-feira (16), interrompendo sequência de cinco ganhos diários consecutivos, após o Banco Central injetar moeda à vista no mercado. No exterior, a divisa norte-americana perde terreno.
Os investidores avaliaram o relatório trimestral de inflação (RTI) do BC e a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Com o resultado desta sessão, a moeda norte-americana passou a acumular alta de 0,73% no mês. No ano, o salto é de 9,47% frente ao real.
Na cena política, a Câmara dos Deputados aprovou mudanças feitas pelo Senado e conclui votação da PEC dos Precatórios, que estabelece um limite anual para o pagamento de precatórios, dívidas da União reconhecidas pela justiça em decisões das quais não cabem mais recursos. O texto agora, vai à promulgação e, com isso, abrirá um espaço fiscal de mais R$ 43,8 bilhões para a União gastar no ano eleitoral de 2022.
Na cena externa, o banco central britânico elevou sua taxa básica de juros para 0,25% nesta quinta-feira, na esteira do aumento das pressões inflacionárias no Reino Unido, e tornou-se o primeiro grande BC do mundo a elevar os custos dos empréstimos desde o início da pandemia de coronavírus, no ano passado.
O Federal Reserve indicou na quarta-feira que vai encerrar o seu programa de estímulo por meio da compra de títulos em março e que deve promover três altas de juros em 2022. Em sua reunião de política monetária encerrada nesta quarta, o Banco Central dos EUA manteve as taxas de juros do país entre zero e 0,25%.
Juros mais altos nos Estados Unidos tendem a elevar a rentabilidade de se investir nos títulos soberanos dos EUA, considerados o ativo mais seguro do mundo, o que em tese pode aumentar o ingresso de recursos no país e, consequentemente, apoiar o dólar.