Atento à demanda da saúde de Dourados, a qual nem sempre tem sido destaque positivo e teve uma demanda ampliada por conta da pandemia de Covid-19, o vereador Marcelo Mourão (Podemos) solicitou que o município providencie a compra de materiais e insumos hospitalares para atender às unidades de saúde.
O pedido foi feito durante a 39ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal, realizada na tarde desta segunda-feira (8).
Na indicação endereçada ao prefeito Alan Guedes, ao secretário municipal de Governo e Gestão Estratégica, Henrique Sartori, ao secretário de Saúde, Waldno Lucena, ao secretário adjunto de saúde, Edvan Marcelo Morais Marques e ao diretor-presidente da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), Jairo José de Lima.
Mourão também solicitou que seja realizada a manutenção de aparelhos de ar-condicionado e refrigeradores, lotação de estagiários para dar suporte às equipes e instalação de placas que identifiquem os postos de saúde.
Conforme a avaliação do vereador, a saúde da maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul, que atende uma macrorregião de 33 municípios, vive um ‘caos’ por falta de insumos básicos para atendimentos, o que foi constatado pessoalmente em visitas às unidades.
“Falta insumos como agulhas, luvas, papel higiênico, seringas. Há máquinas novas [geladeiras] que não funcionam e não se sabe o motivo, condensadores de ar que correm o risco de pegar fogo a qualquer momento ante a deficiência na instalação elétrica”.
Ele destacou ainda que “os servidores ficam totalmente perdidos da forma de proceder, uma vez que não tem equipamentos e insumos. Aliás, em uma das visitas, presenciei a enfermeira ‘clamando’ para que o gestor providenciasse xilocaína, que como explicado por ela, é um anestésico essencial para intervenção médica em idosos. Assim, faltam até mesmo anestésicos para tratamento”.
Relatório preparado pela assessoria de Mourão menciona que em postos de saúde de Dourados até o exame preventivo para prevenção ao câncer de colo de útero em mulheres foi suspenso por falta de material. Conforme consta no documento, a falta de agulhas, como já mencionado, é sentida em todas as unidades.
Por fim, o vereador pede ao Poder Executivo para que “intervenha ativamente para buscar a resolutividade das questões apontadas. Pacientes não estão sendo atendidos por falta de insumos. A Constituição Federal garante o direto à saúde e nosso município tem negado a vigência desse texto”, concluiu.