A farmacêutica Merck anunciou, nesta sexta-feira (1º), que seu remédio experimental contra a Covid-19, o molnupiravir, reduziu as hospitalizações e mortes em pessoas no início da infecção com o coronavírus. O medicamento ainda não está à venda.
Os resultados ainda não foram avaliados por outros cientistas nem publicados em revista científica.
Veja, abaixo, o que se sabe e o que ainda falta saber sobre o remédio:
O comprimido age interferindo com uma enzima que o coronavírus usa para copiar seu código genético e se reproduzir. Ele mostrou atividade semelhante contra outros vírus.
Os resultados divulgados incluem pacientes inscritos na América Latina, Europa e África.
A empresa não especificou quais, mas disse que efeitos colaterais foram relatados por ambos os grupos no estudo. Eles foram ligeiramente mais comuns no grupo que recebeu o comprimido inativo (e não o do remédio).
Ainda não. A Merck afirmou que solicitaria autorização de uso à FDA (espécie de Anvisa americana) nos próximos dias.
Ainda não se sabe. Se liberado, o medicamento da Merck seria o primeiro em formato de comprimido para o tratamento da Covid-19.
Os medicamentos aprovados nos EUA para a Covid – o antiviral remdesivir e outros três tratamentos com anticorpos monoclonais – têm que ser administrados por via intravenosa ou injeção em hospitais ou clínicas.
Várias outras empresas, incluindo Pfizer e Roche, estão estudando medicamentos semelhantes que podem apresentar resultados nas próximas semanas e meses.
Não. Dados de estudos anteriores mostraram que o medicamento não beneficiava pacientes que já estavam hospitalizados com quadro grave.
A Merck disse que pode produzir 10 milhões de doses até o final do ano e tem contratos com governos em todo o mundo.
O governo dos EUA se comprometeu a comprar 1,7 milhão de doses do medicamento caso seja autorizado pela FDA.
A empresa não divulgou preços.