Puxado pelo aumento da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acelerou a alta para 0,89% em agosto, após registrar taxa de 0,72% em julho, informou nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Esse resultado é o maior para um mês de agosto desde 2002, quando atingiu 1%. No ano, o indicador acumula alta de 5,81% e nos últimos 12 meses, de 9,30%", informou o IBGE.
IPCA-15, prévia da inflação oficial (variação mensal) — Foto: Economia G1
Com aumento de 5%, a energia elétrica exerceu o maior impacto individual no IPCA-15, respondendo sozinha por 0,23 ponto percentual no índice do mês.
A meta central do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que está atualmente em 5,25% ao ano.
A expectativa do mercado financeiro para a inflação de 2021 é de 7,11%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Com isso, a projeção dos analistas segue cada vez mais acima do teto do sistema de metas.
Já a expectativa dos analistas para a taxa Selic no fim do ano permanece em 7,5%, o que pressupõe novas altas nos próximos meses. Para 2022, o mercado financeiro estima uma inflação de 3,93%. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,5% e será oficialmente cumprida se oscilar de 2% a 5%.