O documento apresentado para o Ministério da Saúde deixa claro que, mesmo se a competição for realizada sem público, a chegada de todos os envolvidos com as Olimpíadas, desde atletas e árbitros até jornalistas, pode ser propícia para que novas cepas apareçam no país.
- Para os atletas será duro, mas alguém tem que pedir o cancelamento dos Jogos. Por isso, pedimos isso. O governo tem uma importante missão, que é proteger a vida dos cidadãos e deve mostrar uma postura clara com relação a isso - disse um representante do sindicato, Naoto Ueyama.
Os especialistas japoneses estão chamando o atual momento da pandemia no país de quarta onda. O número de novos casos está acima de 5 mil por dia, cinco vezes mais do que se via há dois meses. Boa parte do país está em estado de emergência, enquanto a vacinação ainda está engatinhando, com menos de 2% da população imunizada.
- 40% dos médicos em atividade já ultrapassaram o limite de horas extras, e 10% está trabalhando o dobro do limite legal de horas. Esta carência de médicos é um fator que afeta muito nosso sistema. O governo precisa reduzir o número de médicos - disse um dos sindicalistas.
Adiados no ano passado por conta da pandemia, os Jogos Olímpicos enfrentam grande resistência no Japão por conta do aumento do número de casos. Ainda assim, o COI se disse otimista em reverter a opinião pública com o sucesso das Olimpíadas. O evento está previsto para acontecer entre os dias 23 de julho e 8 de agosto.