De acordo com a gestão de João Doria (PSDB), a suspensão será mantida até que ocorra uma nova orientação por meio do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde.
O secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que o estado não tem doses suficientes das vacinas da CoronaVac e Pfizer, os outros dois imunizantes aplicados no país, para conseguir vacinar a população de grávidas com comborbidades.
"Temos que encerrar ou suspender temporariamente para que nós, da secretaria de estado da saúde, estejamos não só aguardando as orientações técnicas do Ministério da Saúde, em relação a qual vacina estará sendo orientada para esse público, bem como o desenho da logística que faremos a todo o nosso estado", afirmou em entrevista ao Bom Dia SP.
A suspensão, entretanto, não afeta a vacinação das puérperas, mães de recém-nascidos, que tenham comorbidades. Elas poderão ser imunizadas a partir desta terça (12).
O secretário defendeu a eficácia e qualidade da vacina, e disse que a suspensão não deve comprometer a vacinação dos demais públicos no país.
"O que houve foi uma modificação pontual para um grupo específico que é o grupo das grávidas. Isso não se estende, isso não descontinua a utilização da AstraZeneca, uma excelente vacina, segura, eficaz, protetora e, dessa maneira, ela vai continuar sendo ministrada em outros grupos, com exceção das mulheres grávidas."
A nota emitida pela agência reguladora na noite desta segunda (10) diz que a orientação é que "seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) a indicação da bula da vacina AstraZeneca e que a orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país".
A Anvisa, no entanto, não relatou nenhum evento adverso ocorrido em grávidas no Brasil.
O texto diz ainda que "o uso de vacinas em situações não previstas na bula só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios para a paciente".
A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca, porém, não recomenda o uso da vacina sem orientação médica.
Nesta terça (11), o estado de São Paulo começou a vacinar contra a Covid pessoas com deficiência permanente com idade entre 55 e 59 anos e metroviários e ferroviários. A expectativa é a de vacinar 140 mil pessoas nestes novos grupos prioritários.
O próximo grupo no calendário estadual será o de pessoas com comorbidades com idade entre 55 e 59 anos, a partir da quarta-feira (12).
Na sexta-feira (14), começa a vacinação de pessoas com idade entre 50 e 54 anos com doenças preexistentes ou deficiência permanente.
E na próxima terça, dia 18, motoristas e cobradores de ônibus municipais e intermunicipais começarão a ser imunizados. Segundo o governo estadual, 165 mil pessoas vão receber a vacina nesta etapa.