Em defesa do programa, o parlamentar afirma que mesmo que os números sejam positivos, a criação do Programa Estadual de Amparo ao Pecuarista impactado pela estiagem prolongada poderá auxiliar os municípios na montagem de processos de reconhecimento da situação de emergência ou calamidade em virtude da seca.
“Nosso objetivo é garantir que os procedimentos sejam elaborados de acordo com as normas técnicas para que possam ser mais rapidamente homologados pela Defesa Civil, e com a celeridade em todo esse processo há tempo de se prevenir danos maiores. A proposta para diminuir o impacto da estiagem, inclui a capacitação dos pecuaristas para técnicas de reservatório de água, formação de micro açudes, entrega de kits de irrigação, perfuração de poços e instalação de caixas d'água, aquisição de caminhões-pipa e instalação de pontos de apoio equipados e preparados para auxiliar os produtores no combate aos incêndios, entre outras possibilidades. Nosso principal objetivo é continuar fortalecendo a pecuária sul-mato-grossense, que constitui uma das mais importantes atividades econômicas, englobando o auxílio aos pequenos pecuaristas e produtores de leite”, finaliza.
Números importantes
De acordo com levantamento de 2019 da IAGRO, o rebanho bovino de Mato Grosso do Sul totaliza 20,5 milhões de cabeças, com destaque a Corumbá (1,89 milhões de cabeças) e Ribas do Rio Pardo (1,08 milhões de cabeças). Ainda buscando alcançar dados e acompanhamento pretéritos, de acordo com pesquisa da SEMAGRO, os resultados das Contas regionais para Mato Grosso do Sul, no período de 2010 a 2017, mostrou que a economia sul-mato-grossense obteve um desempenho médio do seu PIB de 2,95% ao ano, tendo alcançado o maior crescimento no ano de 2013 quando cresceu 6,6%.
Entre os setores de atividade econômica, o que obteve o melhor crescimento médio foi o setor da agropecuária com 6,9% ao ano. Com destaque do crescimento de 2,4% no setor da pecuária, com os principais avanços na atividade de criação de peixe, que cresceu 46,0%, na suinocultura com variação real 30,0%, impactado por aumento dos rebanhos resultando em uma maior oferta de animais para a indústria de abates, já na avicultura de corte com a modernização das granjas, amplia-se a produtividade aumentando o número de aves para a postura e abate, alcançando uma variação de 17,5% nessa atividade da economia estadual em 2017.
Com um PIB de 109,6 bilhões em 2019, a economia de Mato Grosso do Sul deve continuar crescendo nos próximos anos. A projeção da SEMAGRO para 2023, aponta que o PIB deve atingir R$140 bilhões. O setor pecuário representa uma grande parcela das riquezas geradas pelo nosso Estado. Nosso Produto Interno Bruto é fortemente influenciado pelo desempenho de nossa pecuária. Neste sentido, o resultado dos PIBs municipais são fortemente influenciados por este segmento, impulsionado principalmente pelos dezenove milhões de hectares de áreas de pastagem existentes em nosso Estado.