O feriado de Tiradentes possibilitou uma melhora nos índices de isolamento social. Nesta terça-feira (21) o monitoramento por geolocalização mostra que 56,1% da população de Mato Grosso do Sul permaneceu em casa. A média nacional foi de 58,9% para o dia, e o Estado perdeu o posto de pior ranking para Amapá (AP), Alagoas (AL) e Roraima (RR).
Desde que a ferramenta começou a ser usada, a maior adesão ao isolamento é comum em feriados e finais de semana. A preocupação das autoridades sanitárias está nos dias úteis que com abertura do comércio, promovem maior circulação de pessoas potencializando os riscos de contágio pelo novo coronavírus.
Para garantir que não haja contaminação em massa pelo novo coronavírus e superlotação no sistema público de saúde, a indicação do governo do estado é de que o índice de isolamento social seja de 70%. Os índices são mensurados diariamente através do sistema de georreferenciamento da startup In Loco.
Sete municípios do interior atingiram nesta terça-feira, o índice ideal de isolamento social estabelecido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Paranhos (85,4%), Taquarussu (74,9%), Corguinho (71,8%), Ladário (71,1%), Anaurilândia (70,8%), Aral Moreira (70,7%) e Jateí (70,4%).
As cidades com maior circulação de pessoas e menor adesão ao distanciamento social para o dia foram: Antônio João (47,8%), Jardim (48,6%), Nioaque (49,7%), Caarapó (51,8%), e Tacuru (51,8%).
Apesar de uma aparente melhora no índice de isolamento social do Estado no feriado de Tiradentes, a abertura gradual do comércio, escolas e cultos religiosos será, na visão da Secretaria de Estado de Saúde, uma catástrofe para Mato Grosso do Sul.
Na avaliação do médico e secretário de saúde, Geraldo Resende, o controle relativo da Covid-19 no Estado, que tem tido uma média de dois novos casos confirmados nos últimos dias, é resultado da contribuição da população no quesito isolamento social entre o final de maio e início do mês de abril.
“Agora há uma corrida para o liberou geral. A volta do comércio, escolas e cultos religiosos, e eu tenho dito e repito aqui, que para nós do setor de saúde e Governo do Estado, será uma catástrofe se acontecer essa volta geral. Poderemos ter daqui a 15, 20, 30 dias um número exagerado de casos e nós ainda não temos uma organização completa, mesmo que trabalhando intensamente, para absorver o grande número de pessoas. Para nós mais importante que o dinheiro, é a vida das pessoas”, ponderou.