O Corinthians anunciou no início da tarde deste domingo que o atacante Memphis Depay e o meia Igor Coronado ficaram fora da viagem para a Colômbia, onde o time do Parque São Jorge enfrentará o América de Cali, na terça-feira, às 21h30 (horário de Brasília), pela segunda rodada da Copa sul-americana.
De acordo com o clube alvinegro, o astro holandês sofreu um trauma no tornozelo direito na partida com o Vasco, vencida pelo Corinthians por 3 a 0, no sábado, na Neo Química Arena. O jogador foi atingido por Lucas Piton ainda no primeiro tempo e se revoltou com a arbitragem, que nem sequer marcou falta no lance. Depois da partida, exibiu um vídeo mostrando o tornozelo inchado e as marcas das travas da chuteira do vascaíno, ironizando o VAR: “Hoje o VAR viu tudo”, escreveu na legenda.
Assim, o técnico Ramón Díaz terá de quebrar a cabeça para montar o setor ofensivo corintiano, já que o meia Igor Coronado sofreu um trauma no ombro esquerdo e também não foi relacionado, assim como Rodrigo Garro, que se recupera de lesão no joelho direito. O goleiro Hugo Souza, o zagueiro Gustavo Henrique e o lateral Angileri são as outras baixas do time por lesão.
O elenco se reapresentou na manhã deste domingo e iniciou a curta preparação para a partida. Os atletas que atuaram por mais de 45 minutos no sábado fizeram um trabalho regenerativo, enquanto os demais atletas realizaram uma atividade de passes e jogos em campo reduzido.
A equipe viaja neste domingo a Cali e, nesta segunda-feira, fará o único treino na Colômbia, no Club Campestre de Cali, antes da partida. O conjunto brasileiro precisa vencer para não se complicar na competição, já que perdeu para o argentino Huracán na estreia.
REVOLTA CONTRA CBF
Além de disparar contra a arbitragem pela impunidade na jogada em que foi atingido, o astro do Corinthians voltou a se manifestar nas redes sociais contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após a entidade determinar punição aos jogadores que subirem na bola. Na sexta-feira, a Comissão de Arbitragem (CA) enviou um ofício às federações estaduais alertando que a ação é passível de cartão amarelo e tiro livre indireto para o rival.
O ofício assinado por Rodrigo Cintra, presidente da CA, foi remetido aos clubes dias após o camisa 10 do Corinthians subir na bola na final do Campeonato Paulista, diante do Palmeiras. O lance deu início a uma confusão generalizada, com paralisação de quase dez minutos.
“Eu realmente vim ao Brasil para vivenciar o ‘jogo bonito’ em primeira mão, mas agora CBF anunciou que nenhum jogador pode ficar em cima da bola ou receberá um cartão amarelo. Isso foi decidido depois que eu fiquei em cima da bola por alguns segundos na última final da Copa Paulista. Não que seja um fator tão importante no futebol, mas não vejo problema aqui”, inicio Memphis, em publicação no X (antigo Twitter).
“O futebol brasileiro está crescendo… e merece visibilidade global! Há muito talento aqui. A alegria e a paixão na forma de nos expressarmos em campo não devem ser limitadas. Então eu realmente me pergunto como se parece a direção da CBF. Quem está decidindo o futuro deste lindo país do futebol? Vamos nos concentrar em quais regras podem melhorar o esporte e focar no lado comercial do futebol, o que beneficia os clubes, os fãs e os jogadores, em vez desses anúncios bobos”, completou.
De acordo com o elaborado pela CA, o intuito de provocar a equipe adversária tem causado “transtorno no ambiente de jogo, produzindo confrontos generalizados e prejudicando a imagem do esporte em larga abrangência nacional e internacional”. O ofício destaca ainda o risco de lesão para o próprio jogador protagonista do lance.
Cabe ressaltar que subir na bola poderia ser interpretado como atitude antidesportiva pela arbitragem antes mesmo de a CBF alertar as federações sobre o Livro de Regras prever a punição. Em 2023, o atacante Soteldo, do Santos, subiu na bola para provocar jogadores do Vasco, em vitória por 4 a 1 na Vila Belmiro pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. O ato gerou revolta dos atletas do time carioca e a arbitragem, que não marcou a infração, teve trabalho para controlar a partida no final.