A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) reforçou as equipes da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) que atuam na região sul do Rio Grande do Sul, com a incorporação, nesta segunda-feira (10), de um médico e um enfermeiro.
Entre as ações previstas para os próximos dias está a visita a sete comunidades, e a população indígena dos municípios de Rio Grande, Pelotas, Canguçu e Bagé receberá atendimento.
Nestes locais, será realizada assistência de rotina, já que os serviços de saúde não foram interrompidos. Além da situação médica, a região passará por uma avaliação socioambiental para monitorar os impactos da enchente na população indígena.
“Nesses locais, as equipes da Sesai nunca pararam de operar. O reforço é importante para mapearmos a situação do campo, como acesso a comida, medicamentos e matéria-prima para artesanato. Sabemos que as chuvas não causaram impactos específicos, mas podem ter interferido de forma socioambiental”, explica o ponto focal do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde para a Saúde indígena no Rio Grande do Sul, Yago Matos.
A avaliação técnica de edificações e de questões de saneamento nas aldeias serão algumas das ações a serem realizadas. Atualmente, cinco aldeias estão em áreas de risco para alagamentos.
Desde o início da tragédia, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FNS-SUS) realizou mais de 500 atendimentos de saúde indígena, por meio de duas equipes responsáveis pela assistência.
Além disso, alimentos e roupas são distribuídos rotineiramente nas aldeias. Junto com a Cruz Vermelha, mais de 180 filtros de água foram distribuídos para diversas comunidades.
A Sesai passou a integrar a Sala de Situação criada pelo Ministério dos Povos Indígenas no Rio Grande do Sul. O grupo também é composto pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Na prática, os órgãos indigenistas farão o alinhamento das ações nos territórios indígenas. A Sesai participa com informações sobre os 26 mil indígenas que vivem no estado gaúcho.
“Vamos dar suporte aos órgãos para que as ações de resposta sejam ainda mais ativas. Além disso, temos como missão executar o plano de reconstrução para os povos indígenas”, completa Yago Matos.