A produção é estimada em 11,4 milhões de toneladas, com queda de 19,23%
Após causar danos à safra de soja de Mato Grosso do Sul, o calor e estiagem também devem comprometer a produção do milho safrinha. O plantio do grão terminou com quatro semanas de atraso e a expectativa é de redução de 19% na produção da safra 2023/2024 no Estado.
De acordo com boletim da safra da Casa Rural, o atraso na semeadura pode ter implicações significativas para a cultura do cereal. Quanto mais tardia for a semeadura, maior é o risco de a cultura ser afetada pelo clima, como geadas, por exemplo. A área total cultivada com o milho é 5,8% menor em relação à safra passada.
A produção é estimada em 11,4 milhões de toneladas, queda de 19,23% e a produtividade é prevista em 86,3 sacas por hectare, uma retração de 14,25%. “Na segunda safra de milho de 2023/2024, já observamos perdas significativas no potencial produtivo devido ao estresse hídrico. Essa situação adversa afetou uma área total de 474 mil hectares em várias regiões do estado, incluindo o sul, sudoeste, centro, oeste, nordeste, sul-fronteira e sudeste”.
“Estes danos podem se agravar nas próximas semanas, pois as previsões indicam poucas precipitações para o estado. Portanto, é crucial que estejamos preparados para enfrentar esses desafios e buscar soluções eficazes para minimizar as perdas”, destaca o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.
Ainda conforme dados do boletim, há queda na produtividade para a safra de 2023/2024 de soja. A produtividade estimada é de 50,5 sacas por hectare, representando uma diminuição de 19,12%. Esta redução na produtividade resulta em uma previsão de produção total de 12,923 milhões de toneladas, o que indica uma queda de 13,89% em relação ao ciclo anterior.
No entanto, a estimativa da área plantada, fixada em 4,265 milhões de hectares, permanece constante. Vale ressaltar que os números de produção, área e produtividade são estimativas.
Em relação aos dados econômicos, o preço médio da saca de 60 Kg de soja, no Mato Grosso do Sul, registrou valorização de 0,41% entre os dias 6 e 13 de maio e foi cotada ao valor médio nominal de R$121,00 no dia 13 de maio. Na Bolsa de Chicago houve desvalorização para todos os contratos entre os fechamentos do dia 6 a 13 de maio.
A redução da safra de soja, aliada ao preço em baixa do grão, deve retirar R$ 5 bilhões da economia sul-mato-grossense, em termos de movimentação do setor. A estimativa de impacto econômico é do secretário Jaime Verruck, titular da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação).
“Se a gente fizer uma conta rápida, a redução de preço somada a essa perda significativa de produção, vai deixar de circular na economia sul-mato-grossense algo em torno de R$ 5 bilhões, dinheiro deixou de existir. Então isso é um impacto grande nas atividades econômicas”. (Midiamax).